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Arrependimento na palma da mão: o impacto do uso excessivo de smartphones

Pesquisa revela que o hábito automático de navegar em redes sociais causa impacto negativo no bem-estar dos usuários, revelando a falta de escolhas conscientes

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 10 de junho de 2025 às 10h24.

O uso excessivo de smartphones tem gerado consequências inesperadas para o bem-estar dos usuários, aponta um estudo realizado pelas universidades de Washington, Columbia e Nacional Yang Ming Chiao Tung, em Taiwan.

A pesquisa, conduzida com 17 participantes nos Estados Unidos, acompanhou os hábitos dos usuários por sete dias, capturando prints de tela a cada cinco segundos, totalizando mais de 34 mil imagens.

Classificação das atividades no smartphone

Essas imagens foram analisadas por um modelo de inteligência artificial, que classificou as atividades em sete categorias, como mensagens diretas, buscas e navegação por feeds.

A análise revelou que o tempo de uso dos smartphones contribuiu para o desvio dos objetivos iniciais dos participantes, resultando em sentimentos negativos, especialmente quando as pessoas se viam usando o celular de maneira automática e sem uma escolha consciente.

Impacto das redes sociais no bem-estar

Alexis Hiniker, pesquisadora da Universidade de Washington e coautora do estudo, observou que muitos usuários expressam o desejo de excluir aplicativos ou diminuir o tempo no celular, mas se sentem frustrados com seus próprios hábitos. "O problema não é usar as redes para relaxar ou se distrair, mesmo que de forma improdutiva.

O real impacto ocorre quando isso não é uma escolha, mas sim um hábito automático", afirmou Hiniker.

Crítica ao modelo de negócios das plataformas

O estudo lança um olhar crítico sobre as grandes empresas de tecnologia, que, segundo a Fast Company, incentivam o uso passivo das plataformas, promovendo conteúdos recomendados por algoritmos. Essas práticas, muitas vezes, geram um ciclo de consumo sem reflexão, intensificando o arrependimento dos usuários.

Alternativas para as plataformas sociais

Apesar das críticas, Hiniker acredita que há soluções alternativas para as plataformas sociais.

"Precisamos urgentemente de plataformas que realmente promovam a conexão genuína entre as pessoas, ao invés de focar na captura da atenção do usuário com conteúdo patrocinado e sugerido", conclui a pesquisadora.

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